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UMA PARTICULAR linguagem figurada
presente nas Escrituras, o enaltecimento de uma pessoa à uma posição de favor é
comparada com tal pessoa ser “levada ao céu” ou “aos céus” onde, ali, passa a
ser comparada a uma estrela. De fato usamos uma expressão coloquial onde,
quando se quer elogiar ou promover alguém, diz-se em coloca-la ‘nas alturas’.1
Concordemente, quando é o oposto disso que ocorre, quando tal pessoa é
humilhada — ou que esteja prestes a isso — diz-se que sua derrota ou queda de
uma alta posição será como que um ‘lançamento para baixo’; como que ‘uma queda
do céu’.2 Em sua predição da queda do orgulhoso e arrogante
rei Nabucodonosor, de Babilônia, o profeta Isaías usou esta alegoria:
“Como você caiu do
céu, ó brilhante, filho da aurora! [...] Você disse no seu coração: ‘Subirei
aos céus. Elevarei o meu trono acima das estrelas dos Deuses e me sentarei no
monte de reunião, nas partes mais distantes do norte. Subirei acima das nuvens;
eu me tornarei semelhante aos Altíssimos.’ Mas é na sepultura que você será
lançado, nas partes mais profundas da cova.” — Isaías 14:12-15.
Jesus também usou uma linguagem similar ao
falar sobre a cidade de Cafarnaum, que ele tinha escolhido como sua moradia e
onde ele tinha executado muitos de seus milagres. (Veja Mateus 4:13-16.) Esta,
porém, não haveria de ser uma razão para a cidade se orgulhar: “E tu, Cafarnaum, serás
por acaso enaltecida ao céu?”, perguntou ele. “Até a sepultura tu descerás!”,
respondeu, conforme registrado pelo evangelista Lucas. — Lucas 10:15.
Outro exemplo deste modo de discursar é encontrado
nos versículos subsequentes do mesmo evangelho, onde se menciona o retorno
alegre dos setenta discípulos enviados ao campo por Cristo. Disseram eles todos:
“Senhor, até mesmo os demônios nos obedecem pelo uso do teu nome.” O alegre
relatório deles foi evidentemente devido ao seu sucesso em expulsar das pessoas
possessas e enfermas os demônios, graças ao poder que lhes foi conferido por
Jesus ao enviá-los. (Lucas 10:1, 17) Jesus disse então: “Vejo os Satãs já caídos
como relâmpago do céu.” — Lucas 10:18.
DE QUE MODO SE CONCRETIZA A
QUEDA DOS SATÃS DOS CÉUS E O QUE ERAM ESTES?
Evidentemente Jesus não quis dizer que viu os
Satãs caindo literalmente do céu. Em vez disso, sua declaração expressou
vividamente a excitação que ele sentiu diante do relatório vitorioso dos
discípulos, pois ele sabia que o ministério bem-sucedido deles (assim como o Seu
próprio) pressagiava a iminente queda de todos os Satãs de sua posição de
poder. — Compare com Atos 26:18.
Similarmente, tanto a morte, a ressurreição
e exaltação de Jesus Cristo juntos aos Deuses significariam uma derrota
decisiva para todos os perversos Deuses iníquos — o Deus Gadrel e sua turma de
Deuses Opositores dos Deuses santos Jeová — é também indicado pelo que Jesus disse
aos de uma grande multidão que o aclamavam qual Salvador, logo que entrou triunfantemente
em Jerusalém, apenas alguns dias antes de sua morte: “Agora há um julgamento
deste mundo; agora será lançado fora o governante deste mundo.” — João 12:31.
Evidentemente é esta vitória sobre o Satã
Gadrel e seus Deuses-Mensageiros que é descrita num cenário simbólico apresentado
em Apocalipse 12:1-12. Ali se relata uma visão dada ao apóstolo João onde ele
viu “no céu” uma mulher grávida. Disse João que ela estava “vestida do sol e [tinha]
a lua debaixo dos seus pés, e na sua cabeça havia uma coroa de doze estrelas”.
Um grande dragão com sete cabeças, identificado depois como “a serpente
original, o chamado Diabo e Satanás”, também foi visto como “sinal no céu”.
Depois de ‘ter arrastado um terço das estrelas do céu para a terra’, ele se
posicionou diante da mulher, pronto a devorar seu filho. A mulher “deu à luz um
filho, um varão, que há de pastorear todas as nações com vara de ferro. E o
filho dela foi arrebatado para os Deuses e para o seu trono.” — Apocalipse
12:1-5.
QUANDO REALMENTE NASCEU O
REINO E QUE QUESTÕES SE LANÇA SOBRE A DATA DE 1914 E SOBRE OS QUE DELA DEPENDE?
Não é possível que isso represente o
estabelecimento do reino de Cristo no céu em 1914, como defende os do Corpo dos
Governantes desde a organização Torre de Vigia.3 Como poderia
o Reino de Cristo estar tão frágil em 1914, a ponto de correr o risco de ser
devorado pelos Satãs, tendo de ser “arrebatado” das mandíbulas deles para o trono dos Deuses? Esta ideia está no mais
gritante contraste com o ensino das Escrituras, mais especificamente nas Escrituras Gregas cristãs, que, segundo elas, desde sua ressurreição, Cristo está de posse
de “toda a autoridade no céu e na terra” e está exaltado “muito acima de todo
governo, e autoridade, e poder”. — Mateus 28:18; Efésios 1:21.
Houve apenas uma vez em que Jesus Cristo
esteve evidentemente em uma situação tão vulnerável que Gadrel, o Deus-Satã, achou
que poderia “devorá-lo”, e isso aconteceu durante a vida terrestre dele. Foi
durante este período que os Satãs tentaram frustrar o “nascimento” de Cristo
como rei do mundo. Desde os infanticídios em Belém até a execução final dele
sob Pôncio Pilatos, Jesus foi seu alvo principal. Todavia, nem Gadrel nem seus
demais comandados Deuses foram bem-sucedidos, pois Cristo foi ressuscitado e
“arrebatado para os Deuses e para o seu trono” em 33 EC.
Conforme já se observou muitas vezes, a
apresentação da entronização de Cristo como um “nascimento” em Apocalipse 12:5 é
uma alusão ao Salmo 2:6-9, onde foi registrado um decreto pronunciado por um
dos Deuses santos Jeová. Segundo a TNM-Revisada diz ali:
“‘Eu mesmo empossei
o meu rei em Sião, meu santo monte.’ Proclamarei o decreto de Jeová; ele me
disse: ‘Você é meu filho; hoje eu me tornei seu pai. Peça-me, e eu lhe darei
nações como herança e os confins da terra como sua propriedade. Você as
quebrará com um cetro de ferro, e as despedaçará como a um vaso de barro.”
Os escritores cristãos aplicaram
repetidamente este salmo à exaltação de Cristo à direita dos Deuses em 33 EC, não depois disso, não em 1914 EC ou noutra data tão tardia. (Atos 4:25-28; 13:32-33; Romanos 1:4; Hebreus 1:5; 5:5)4 Da mesma
forma que Apocalipse 12:5, este salmo messiânico também fala de Cristo como
tendo recebido o poder para quebrantar as nações “com um cetro de ferro”, e isso, evidentemente, aconteceu também em 33 EC.5
Em Apocalipse 12:7-12, outro cenário “no
céu” é apresentado a João, um cenário de guerra: “[O Deus de Deuses, ou Arcanjo]
Miguel e os seus Deuses-Mensageiros batalhavam com o dragão, e o dragão e os
seus Deuses-Satãs batalhavam” com eles. A batalha terminou com uma completa
derrota para todos estes Satãs, veja: “Assim foi lançado para baixo o grande
dragão, a serpente original, o chamado Diabo e Satanás, que está
desencaminhando toda a terra habitada; ele foi lançado para baixo, à terra, e
os seus anjos [ou Deuses-Satãs] foram lançados para baixo junto com ele. E ouvi
uma voz alta no céu dizer: ‘Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino
de nossos Deuses, e a autoridade do Cristo deles, porque foi lançado para baixo
o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante os nossos
Deuses!’” — Apocalipse 12:9, 10.
A exclamação que se segue à “expulsão” dos
Satãs, segundo a qual “agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de
nossos Deuses, e a autoridade do Cristo deles” aponta claramente para o tempo
da morte, ressurreição e exaltação de Cristo, a quem havia sido dada naquele
momento “toda a autoridade no céu e na terra”, o que fora tornado público
mediante uma suntuosa e merecida cerimônia de posse e coroação nos domínios de
cima logo que ele fora ‘levado diante do Antigo de Dias’.6
Que a “guerra no céu” dificilmente poderia
ser entendida como uma guerra literal é indicada pelos versículos seguintes.
Quando Gadrel e seus capangas-Satãs foram lançados para a terra, eles perseguiram
a “mulher” celestial e então “foi travar guerra com os remanescentes da sua
semente” que “têm a obra de dar testemunho de Jesus” (Apocalipse 12:13-17). O
versículo 11 declara que os seguidores de Cristo que se tornaram os mártires
nesta guerra “o venceram [isto é, a Satanás] por causa do sangue do Cordeiro e
por causa da palavra do seu testemunho”.
QUE RESPONSABILIDADE SE
LANÇA SOBRE TODOS NÓS NO SENTIDO DE DEFENDER A VERDADE MESMO DIANTE DOS MUITOS
QUE DEFENDEM A MENTIRA NOS DIAS DE HOJE?
Isto explica a natureza da “guerra”: Por
meio de sua morte como cordeiro sacrificial, Cristo venceu Satanás e provocou
sua “queda do céu.” Os mártires cristãos são apresentados como participantes
nesta vitória, sendo habilitados a vencer os Satãs “por causa do sangue do
Cordeiro”. Satanás, o “acusador”, não é mais capaz de acusá-los “dia e noite
perante os nossos Deuses” porque, através da morte de Cristo, os pecados deles
são perdoados. Ou seja, para todos os efeitos, a “guerra no céu” é uma
representação figurativa da vitória de Cristo sobre todos os Satãs por meio de sua
morte sacrificial como Cordeiro. É óbvio que esta “guerra” não tem nada que ver
com o ano de 19147 e tampouco ocorreu literalmente nos domínios
espaciais, mais no figurado campo do enaltecimento X rebaixamento.
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O “espírito dos Deuses santos” tem feito sua
parte, conforme prometido pelo Senhor Jesus, que é capacitar a todos os
predispostos a entenderem a verdade. (Daniel 4:8) Cabe agora a cada um desses corresponder,
por aceitar essas verdades — mesmo que isso signifique ir contra muitos que
preferirão continuar nas mentiras —, divulgando-as também sem sessar aos
famintos espirituais. (Isaías 65:13; Amós 8:11) É fato que ‘a colheita é deveras grande’ e nossos
Senhores, os Deuses Grandes, Jeová, têm continuado a enviar seus trabalhadores. (Lucas 10:2) Se você se vê como um deles, então aceite esta incumbência da parte Deles e vá ao campo pregar essas boas novas sem cessar! Qual apóstolo dos Deuses santos
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colheita’ para este tempo. Aproveite todos os recursos disponíveis hoje, como as nossas excelentes publicações digitais, as revistas A Continela, Cempertai! e nossa nova brochura, e vá à obra,
ó servo de nossos Deuses santos! Saiba que por fazeres isso há as muitas bênçãos te aguardando do outro
lado: ‘herdará o reino preparado para você desde a fundação do mundo’ e, então,
você ‘reinará para sempre’ ali. — Mateus 9:37; 25:34; 28:19, 20; Apocalipse 22:5.
__________
1 Similarmente, no idioma português podemos falar de uma
pessoa ser “colocada nas alturas” [correspondente em inglês: “praised to the
skies” (“exaltada aos céus”)];
2 Metáforas similares são encontradas em fontes extraescriturais
dos tempos antigos. Por exemplo, tanto Cícero como Horácio (1º século AEC)
compararam a queda de uma alta posição política com “cair do céu”;
3 Para maiores detalhes de porquê 1914 EC não marca o
início do Reino dos Deuses, queira ler o número 19 de AContinela;
4 Compare com Daniel 8:9-12, que usa a mesma linguagem
figurativa para descrever as ações presunçosas do “chifre pequeno” de eliminar
a adoração de Jeová;
5 Observe também como o “alvoroço” dos “reis da terra”
contra “Jeová e contra o seu ungido” mencionado no Salmo 2:1-3 é aplicado
diretamente pelo apóstolo Pedro em Atos 4:25-28 às ações que as autoridades
judaicas e romanas tomaram contra Jesus;
6 Revista A Continela ct19Ppáginas 6-8;
7
Conforme Cristo explicou à congregação em Tiatira, ele já estava naquele
momento de posse desta “vara de ferro” e, desta forma, podia prometer
compartilhar sua “autoridade sobre as nações” com “aquele que vencer e observar
as minhas ações até o fim”. — Apocalipse 2:26-27.
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