24 de junho de 2011

ADÃO E EVA ERAM LOBISOMENS


Se você chegou até aqui achando que, devido ao título do artigo, lerá sobre crenças e folclores irracionais — sobre homens que se transformam literalmente em animais ou vice-versa —, pode tirar seu cavalinho da chuva! Dê 'meia volta' e vá procurar isso em outras partes. Aqui não é o portal de ideias insanas . . . mentirosas. A metamorfose é algo a ser reservado aos contos de fadas e outras estorinhas pra boi dormir.

   É até verdade que ocorrem metamorfoses na natureza. As lagartas, por exemplo, se transformam em borboletas e os girinos, em rãs. Uma observação atenta, porém, esclarece que esses exemplos de metamorfose não são transformações de uma “espécie” em outra, mas simplesmente fases de desenvolvimento de uma mesma “espécie” de animal. Ao atingir a fase adulta, eles se reproduzem “segundo a sua espécie”, como afirma a Bíblia. (Gênesis 1:24, 25) Você deve está se perguntando: “Então, por que cargas d'água o título deste artigo afirma que 'Adão e Eva eram lobisomens'?” Trata-se de um novo ajuste no entendimento bíblico sobre nossos pais, Adão e Eva. Quem eram eles? Como eram eles? Por quê “lobisomens”?

Adão e Eva – de onde vieram?
Os Deuses falavam com Adão e Eva através de anjos
   Após os Deuses 'criarem o homem à imagem Deles, segundo a semelhança Deles', a narrativa do Gênesis nos informa que Jeová “plantou um jardim no Éden” e colocou o homem ali. (Gênesis 1:26; 2:8) Adão e Eva, portanto, ganharam um maravilhoso parque como local inicial de moradia. Em parte alguma, porém, o relato menciona uma casa ou mesmo uma caverna, onde os dois pudessem se proteger das intempéries do tempo. Por que será? Será que seria pelo fato de que Jeová sabia exatamente, baseado no fato de, visto saber de onde havia retirado a matéria-prima para a criação do homem, que viver nas florestas era o tipo de habitat original do homem? Esse raciocínio é bastante relevante! Em conjunto com uma outra informação ainda mais curiosa, um detalhe a respeito da forma de como eles viviam naquele parque — que eles não tinham roupas, que viviam completamente nus — podemos indagar algo disso tudo! Indagar o que, exatamente? Antes, analise o seguinte fato: Que, embora ainda não chovesse naqueles tempos, certamente as quatro estações do ano outono, inverno, primavera e verão estavam novamente operantes já a alguns milhares de anos e, naturalmente, estas fustigavam o homem e a mulher. Devemos indagar, portanto, que no verão havia as densas florestas que os protegia do calor. Mas o que os protegia do frio?

   A Verdade é que Adão e Eva, inicialmente, não precisavam se preocupar com roupas e proteção para os rigores do frio. Por que não? Devido a um detalhe muito importante, despercebido pela maioria dos leitores e interpretadores da Bíblia. O fato de Jeová ter feito o homem do 'pó do solo'. (Gênesis 2:7; Salmo 103:14) O que isso implica? Em um recente estudo bíblico sobre o que isso implica, o espírito santo de Deus evidenciou-me que, na verdade, Jeová 'criou o homem' a partir do ADN (ácido desoxirribonucléico) de um pré-homem que vivera anteriormente neste planeta. Este pré-homem era um ser adaptado às florestas e aos rigores de quaisquer condições existentes naquela natureza primitiva. Quem era este pré-homem e quem o teria criado? Ele fora criado pela própria natureza! E como se deu isso? Seria isso possível? Poderia ter existido vida que não tivesse sido criada por Deus?

   As evidências, interna e externa à Bíblia, apontam para um fato brilhante sobre a origem da vida! Qual é este fato? O fato de que o Universo simplesmente veio à existência sozinho. Nada nas páginas da Bíblia indica que Deus seja o responsável pela existência dele. Ele veio à existência! Daí, ele 'criou' as galáxias; que 'criaram' as estrelas; que 'criaram' os planetas; que 'criaram' as condições favoráveis à vida; que esta se deu; que esta encontrou o processo natural das coisas (a evolução); que esta, no decorrer de bilhões de anos, percorreu - mesmo que de modo inconsciente - este processo; que esta também sobreviveu a terríveis catástrofes naturais e a adaptações geológicas e climáticas em seu longo percurso de evolução; que esta adaptou-se a tudo isso e que um dia atingiu a forma terrestre — adaptando-se naturalmente a ela — e mais tarde se adaptou ainda mais e tornou-se mais avançada, estendendo seu domínio às mais altas copas das árvores; que esta continuou evoluindo e sobrevivendo a extinções em massa; que esta, um dia, tendo atingido certa medida de racionalidade, tornou-se bípede, atingindo a 'sapiência'; mas que, após uns 150 mil anos desde que desceu das árvores, teria sofrido a uma das terríveis catástrofes naturais, quando o planeta violentamente sucumbiu diante de mais uma de suas transformações naturais (desta vez tendo envolvido uma terrível inundação ainda não totalmente esclarecida ou abordada por nós). Carl Sagan, renomado cientista, abordou esse processo nas seguintes palavras: As mutações — alterações súbitas na hereditariedade — procriam a verdade. Fornecem a matéria-prima da evolução. O ambiente seleciona algumas mais propícias à sobrevivência, resultando em uma série de transformações lentas de uma forma de vida para outra, a origem de novas espécies.A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?, cap. 8, pág. 100, § 4.

   Por fim, quando parecia que a evolução teria que reiniciar tudo novamente, um reinício que certamente se daria mas que levariam outros bilhões de anos para que chegasse até onde havia parado, apareceu no cenário deste mundo seres de outros mundos — os Deuses. De onde vieram? Vieram à existência lá no seu mundo da mesma forma que a vida aqui neste planeta. Porém, àquela altura, estavam bastante adiantados em seu processo natural evolutivo. Dominavam a tecnologia e poderes extraordinários ainda não totalmente compreendidos e ainda não experimentados por nós. Haviam atingido o grau de viajantes do espaço-tempo! Eles, em suas buscas por mundos habitáveis nesta parte da galáxia, certamente chegaram ao nosso mundo logo após o fim do mundo do ‘quase-homem’. Certamente foi por pouco que não os encontrou em vida! Deram então início aos 'seis dias de criação dos céus e da terra', conforme relatado no primeiro versículo da bíblia. (Gênesis 1:1) Logo em seguida se depararam com as carcaças mortas de todos os seres que teriam habitado este planeta mas que subitamente morreram. Num gesto de amor, resolveram 'criá-los' novamente a partir do código genético de cada espécie.¹

   No último dia de trabalho de 'criação dos céus e da terra', no 'sexto dia', de posse dos restos mortais de um exemplar do ‘quase-homem’, resolveram criá-lo de modo diferenciado. 'Fizeram-no² à imagem Deles, segundo a semelhança Deles'. (Gênesis 1:1, 26-31; 2:1, 4) Isto representou um enorme salto no processo natural de evolução. Assim, de homo erectus a primeiro homem, aquele bípede foi dotada de uma coisa que o seu antepassado só alcançaria após muitos milhões de anos, caso tivesse sobrevivido àquela catástrofe global e a ainda outras por vir. Ganharam um cérebro inteligente, capaz de demonstrar a inteligência só hoje observada; de refletir qualidades que só os Deuses refletiam! Entretanto, embora os Deuses tenham implantado no homem este avanço biológico, o processo de inteligência evolutivo tenderia a continuar.

   Portanto, se descobrirmos como eram os Neandertais e como viviam, estaremos descobrindo como eram Adão e Eva e como viviam. Certo? Por exemplo: como conseguiam suportar o frio extremo mesmo vivendo ao relento e nus?

De lobisomens à 'semelhança' com os Deuses
   É sabido que cada ser vivo se ajusta às condições em que vive. Assim, tanto o homem quanto qualquer outro animal se adapta aos diversos climas da terra. No deserto, por exemplo, a pele do homem o protege dos raios solares por adquirir uma pigmentação escura. Os animais, devido ao fato de viverem ao relento, são dotados de pelos. Assim, quando em temperaturas normais, têm certa quantidade de pelos mas aos que vivem em ambientes de frio extremo não raro desenvolveram uma pelugem excepcional. O pré-homem era peludo? Certamente! O fato de ainda termos pelos é prova suficiente de que somos descendentes deles. Mesmo que já se tenha passado mais de 7 mil anos após a criação de Adão, nossos pelos testificam essa verdade. Percebemos que, quanto mais roupas nós passamos a usar, menos pelos temos no corpo. O contrário também é verdade! Isso por si só já é um forte argumento de que, nos passados longínquos, o pré-homem era por demais peludo. Só assim se explica o como aguentavam viverem nus em ambientes frios. Eram tão peludos quanto os lobos – eram, neste sentido, verdadeiros lobisomens!

   Uma observação em comprovação desta verdade também é encontrada nas páginas da bíblia. Adão e Eva, portanto, eram, em sentido físico, cópias exatas de seus antecessores, os homens-macacos. Eram tão peludos quanto! Tão lobisomens quanto! Com o tempo as coisas mudariam naturalmente, claro. Os descendentes de Adão e Eva não permaneceriam por muitos anos com aparência de lobisomens. Os Deuses sabiam que, com o passar do tempo, os 50% de genes divinos implantados naquele homem-bicho, sobreporiam e predominariam sobre os outros 50% do lobisomem. Talvez após mil anos isso estaria se evidenciando. (um 'dia' divino — Salmo 90:4; 2 Pedro 3:8) Os Deuses não foram embora imediatamente após terem “acabados os céus, e a terra, e todo o seu exército”. Ficaram por aqui, monitorando sua criação – provavelmente acampados em três pontos estratégicos: em Terra, em órbita da Terra e numa base na Lua.

   Relatos no livro do Gênesis indicam claramente a presença deles como que observando o comportamento do homem desde Adão e Eva e indo até os tempos do Dilúvio global, uns 2.000 anos à frente. (Gênesis 3:8; 4:4, 8) Enoque, o profeta que, igual a Elias, foi 'tomado' por Deus, relatou que “depois que os filhos dos homens se multiplicaram . . ., nasceram-lhe filhas, [e elas eram] elegantes e belas.” (Eno. 6:1, 2; 2 Reis 2:9-11) Ou seja: elas já não eram mais 'feias' como lobisomens e sim “elegantes e belas”. Gênesis 6:1 fala que “elas eram bem-parecidas”. Estas “filhas dos homens” eram agora tão “parecidas” com os próprios Deuses que até mesmo alguns deles as desejaram! Assim, tanto o relato de Gênesis quanto a profecia de Enoque, nos informa que “quando os anjos, os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: 'Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos'.” O relato em Gênesis informa-nos que eles “tomar[am] . . . todas as que escolheram”. (Gênesis 5:24) O resultado deste cruzamento foi que “as mulheres conceberam e geraram [filhos] gigantes [aos anjos]”. — Enoque 7:2.

O fim dos lobisomens
   Podemos delimitar, portanto, que a partir dali e vindo até aos nossos dias, o homem passou a perder completamente as características de Neanderthal; de lobisomem! O homem passou a tornar-se cada vez mais humano. Homens e mulheres, desde então, sendo guiados pelos genes divinos, passaram a desenvolver o artesanato, a arquitetura, o paisagismo, a decoração de casas, as artes, a música, a dança, a poesia, . . . e a ciência. Aqueles humanos sentiriam o estímulo de atingir novas alturas de expressão e beleza devido ao fato de terem saído da condição de semelhantes aos lobisomens e terem adquirido as qualidades maravilhosas vindas Daqueles a quem agora eram 'parecidos', sim, 'semelhantes'!

Um Adão e Eva bonitos não condiz com os fatos
   Nós, Testemunhas de Jeová – assim como a maioria das religiões ditas cristãs – pintam um Adão e Eva tão bonitos que até parecem que acabaram de sair de um estúdio de beleza. Com cabelos aparados, barba feita, peles tratadas com os melhores cremes de beleza e, se pudéssemos sentir cheiros deles nas ilustrações, certamente estariam também perfumados com um bom perfume francês. Este 'entendimento', portanto, agora mas que nunca, está pronto para ser descartado.

   Alegremo-nos e rendemos graças e adoração a Jeová Deus por tudo isso! Sejamos muito gratos a Ele e a todos os demais Deuses-Filhos por termos sido 'criados à imagem e semelhança deles', e termos escapado de sermos também feios como os lobisomens! Gênesis 1:26.


¹Convido ao ilustre professor de Dartmoud, M. Gleiser a ler este meu documentário e ver se o poderá aprovar. Sei que o Sr. vai gostar.
 
²“Façamos.” Hebr.: na·‛aséh. Veja v. 16 n: E . . . passou a fazer.” Hebr.: wai·yá·‛as (de ‛a·sáh). É diferente de “criar” (ba·rá’) encontrado nos vv. 1, 21, 27 ; 2:3. O verbo hebr. no imperfeito indica ação progressiva.