21 de julho de 2012

JESUS “APARECEU A ANJOS”! – QUANDO E QUÃO SIGNIFICATIVO ISTO É?


“Deveras, o segredo sagrado desta devoção piedosa é admitidamente grande: ‘Ele foi manifestado em carne, foi declarado justo em espírito, apareceu a anjos, foi pregado entre nações, foi crido no mundo, foi recebido acima em glória.’”
— 1 Timóteo 3:16, Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas – Publicada por nós, Testemunhas de Jeová.

Q
UANDO o apóstolo Paulo escreveu as palavras acima a Timóteo ele tinha em mente destacar a “devoção piedosa”, a qual ele destacou como sendo “admitidamente grande”. Daí, Paulo revela a pessoa do Senhor Jesus — com tudo o que ele representa — como sendo a própria devoção piedosa em pessoa. Paulo faz um rápido resumo da vida do Senhor, citando, dentre as particularidades vivenciadas, que ele “apareceu a anjos”. Quando isso se deu e qual o significado dessa declaração?

Jesus "apareceu a anjos" - como, quando e quão significativo isto é?
   Para sabermos quando, basta ver que, na sequência de eventos listados por Paulo, esse ‘aparecer para os anjos’ se deu após ele ‘ter sido declarado em espírito’ e antes de ter sido “pregado entre as nações”. Bem, ele ‘foi declarado justo' depois de ter sido ”manifestado em carne”. Isso nos leva a crer que ele foi declarado ‘justo em espírito’ após isso e antes de ter sido “recebido em cima em glória”. Ele ‘foi pregado no mundo’ após pentecostes de 33 EC, quando os discípulos iniciaram a pregação cristã.
  Quando ele foi batizado, ele ‘apresentou-se para fazer a vontade dos Deuses santos’, tendo abandonado uma vida humana carnal, para tornar-se o Messias, o Filho espiritual dos Deuses santos na terra. (Hebreus 10:5-10) Assim, quando estava nas águas para ser batizado, João, o Batizador, que o batizava, observou o sinal de que ele era o Filho espiritual de [um dos] Deuses santos. Disse João: “Observei o espírito descer como se fosse uma pomba do céu; e permaneceu sobre ele. Até então eu não o conhecia, mas os Mesmos que me enviaram a batizar em água disseram-me: ‘Sobre quem for que vires descer o espírito e permanecer, este é quem batiza em espírito santo.’ E eu o vi e dei testemunho de que este é o Filho de [um dos] Deuses.” — João 1:32-34.
  A partir de então, esse Filho espiritual, tornou-se, de uma forma ainda mais especial, o Filho de um dos Deuses santos. O apóstolo Pedro, confirmando também outra ocasião em que ele foi “declarado justo em espírito”, disse: “Não, não foi por seguirmos histórias falsas, cuidadosamente inventadas, que vos familiarizamos com o poder e com a presença de nosso Senhor Jesus Cristo, mas foi por nos termos tornado testemunhas oculares da sua magnificência. Pois ele recebeu de [um dos] Deuses, o Pai [dele], honra e glória, quando pela glória magnificente lhe foram dirigidas palavras tais como estas: ‘Este é meu Filho, meu amado, a quem eu mesmo tenho aprovado.’ Sim, estas palavras nós ouvimos dirigidas desde o céu, enquanto estávamos com ele no monte santo.” — 2 Pedro 1:16-18; Mateus 17:5.
Dado isso, quando foi que Jesus “apareceu a anjos”?
   Quando foi ressuscitado, no terceiro dia após ser brutalmente assassinado por líderes religionistas invejosos, o Filho “apareceu a anjos” quando foi até onde se encontravam os anjos que foram presos por terem cometido crimes na terra nos dias de Jarede, de Enoque, de Metusalém e de Noé. O escritor de Gênesis, Moisés, ao saber de toda aquela história a partir de livros vindos desde antes do dilúvio — o livro de Enoque1 figurava entre os mais importantes — condensou o episódio sobre os anjos e seus crimes no capítulo 6 de Gênesis. Moisés escreveu: “E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.” — Gênesis 6:1-2, Almeida Corrigida e Fiel.
Líderes religionistas têm pregado inverdades, dizendo que os anjos
'viram as mulheres desde os céus, materializaram corpos carnais e 
se relacionaram com elas'. A verdade, porém, é que eles estavam a 
trabalho em terra, tinham corpos carnais (talvez avatares) e 
cometeram os pecados. Serão perdoados? Creiamos que sim!
  Enoque, por ter preservado a história em detalhes, vai mais além e aponta que, além de engravidarem as mulheres, alguns dentre estes “Filhos dos Deuses”, enquanto trabalhavam em terra, ensinaram iniquidades para a humanidade daquela época. Dentre tais males que fizeram, figuram os iníquos ensinamentos de Azazyel, um dos “Filhos” sob a chefia de Samyaza, o líder de todos. (Enoque cap. 7-10) A missão primária para a permanência desses Filhos em terra era a de servirem a Jeová, os Deuses santos, quais vigias, ou “Sentinelas” para a humanidade. (Enoque cap. 13) Ficariam em terra muito provavelmente até a vinda de Noé, o homem que “traria consolo” à humanidade por conduzi-los ao paraíso, conforme era do propósito dos Deuses.2 Eles todos sucumbiram aos pecados desnaturais, cometeram fornicação — fizeram das mulheres suas prostitutas particulares — com todas as mais belas, as ‘quais escolheram’. — Gên 5:29; Judas 6.
  Os Deuses santos comissionaram, então, o santo anjo Miguel, para aprisionarem a todos aqueles Filhos pecadores. Eles seriam mantidos prisioneiros até o julgamento deles, que se daria num futuro tão distante que, mesmo nos tempos apostólicos, esse tempo ainda não havia chegado. Foi, portanto, a estes anjos que o Senhor Jesus “apareceu”. E como fez isso? Após ser ressuscitado, Jesus ficou ainda por quarenta dias em terra. Hora ‘aparecia aqui’, hora ‘ali’. Por exemplo, ele “apareceu” a Maria Madalena, a ‘dois discípulos ao andarem’ e “aos próprios onze” discípulos. (João 21:14; 16:9-14) Por fim, ‘naquele estado’ (TNM), ele também “apareceu a anjos” — os “espíritos em prisão”. — 1 Pedro 3:19.
Qual o motivo de o Senhor ter ‘aparecido aos anjos’?
  Qual foi a razão – ou o significado – de o Senhor ter ido a uma prisão de Deuses e ‘aparecer’ aos prisioneiros pecadores ali presentes? Pedro nos informa que Jesus foi ‘pregar’ a eles. E o que teria Jesus a pregar a esses pecadores “filhos dos Deuses”? Ele tinha 'boas novas de salvação a pregar a seus irmãos'! Paulo aborda a questão toda importante da ‘reconciliação das coisas celestiais — estes Filhos — com seus Pais’. (Colossenses 1:20) Pedro, em sua segunda carta, nos informa que eles foram ‘lançados no Tártaro, entregue a covas de profunda escuridão’ porque ali ficariam ‘reservados para o julgamento’. (2 Pedro 2:4) Quem os julgarão? O próprio Jesus será o juiz deles. Também o serão os “santos” cristãos. (João 5:22, 27; 2 Coríntios 5:10; 1Coríntios 6:3) Visto que o Senhor se dispôs a ‘aparecer’ a estes perigosos prisioneiros, será que eles receberão um julgamento favorável, no “dia do julgamento”? Já por dois milênios, cristãos de todas as religiões têm declarado abertamente que eles não merecem o perdão. Acham, inclusive, que aqueles “espíritos em prisão” tornaram-se os demônios de Satanás e que serão destruídos numa Geena.
   O que, porém, diz a Bíblia, a Palavra dos Deuses santos? Que eles serão perdoados e reintegrados à família celestial dos santos Filhos dos Deuses.3 Estas são boas novas a pregar! Ora, será que teria sentido o Senhor ‘aparecer’ aos seus irmãos só para rir da cara deles?4 É isso o que pregam, por exemplo, os homens da dianteira de minha religião, os do Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová. Estes homens, entretanto, em vez de se aterem à Palavra santa dos Deuses – confiando Neles — preferem ‘estribar-se em suas próprias compreensões’. — Provérbios 3:5.

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  1 Acompanhe, em A Continela, um estudo versículo por versículo do livro de Enoque — solicite sua assinatura através do correlet: acontinela@gmail.com
  2 Veja o artigo A Árvore da Vida em A Continela de junho de 2012.
  3 Veja os artigos: Boas Novas aos Anjos Pecadores I e II
  4  Visto que os do Corpo dos Governantes das Testemunhas de Jeová afirmam que ‘Jesus foi pregar uma mensagem de condenação àqueles anjos’, subentende que Jesus ‘apareceu a eles’ só para fazer-lhes inveja — ou ‘rir da cara deles’. Este tipo de crença, no entanto, é indicativo do quão mau é o ‘homem dominar outros para o seu [(deles próprios)]prejuízo’. — Eclesiastes 8:9.